A esteatose hepática, quando não controlada de forma adequada, pode evoluir para esteato-hepatite e, em um estágio mais avançado, para cirrose hepática. Praticar atividade física regularmente, adotar hábitos alimentares saudáveis e evitar o consumo de bebidas alcoólicas constituem algumas medidas que auxiliam no tratamento e impedem a evolução da doença.

Na maioria dos casos, a base do tratamento está na perda de peso. Sendo assim, uma alimentação balanceada, com quantidades adequadas de carboidratos, proteínas e gorduras de boa qualidade auxiliam no tratamento. Vale ressaltar que dietas rigorosas que levam a um emagrecimento muito acelerado podem agravar o quadro. 

Trata-se da síndrome de dumping. A síndrome aparece no momento da ingestão de alimentos ricos em gorduras e/ou açúcares ou cerca de 30 minutos depois. Os sintomas são: sensação de plenitude, calor, transpiração, mal estar, fraqueza, vertigem, taquicardia e tremores. Isto ocorre devido ao rápido esvaziamento gástrico decorrente da diminuição do estômago associado com ingestão de alimentos concentrados em gorduras e açúcares.

A orientação é que a gestação seja programada para quando o emagrecimento estiver estabilizado, próximo a 18 meses após a cirurgia. É importante ter um acompanhamento médico e nutricional durante toda a gestação para evitar a carência nutricional na mãe e no bebê.

Durante o emagrecimento, seja por dieta ou cirurgia, aproximadamente 70% das pessoas podem observar um aumento na queda de cabelo e unhas frágeis. Após a cirurgia bariátrica, a queda de cabelo se inicia entre o terceiro e quarto mês de pós-operatório e pode durar até 9 a 12 meses. A queda capilar está relacionada com deficiência de nutrientes, como por exemplo, ferro, zinco ou vitaminas do complexo B, e aminoácidos como a cisteína e a taurina. Portanto, uma dieta balanceada é a resposta para o fortalecimento do cabelo acometido pela queda. É de extrema importância manter o acompanhamento médico e nutricional para adequar seu plano alimentar e ajustar a reposição de vitaminas, minerais e outros nutrientes de acordo com a sua necessidade nutricional.

Não necessariamente. São inúmeras as causas do desenvolvimento da obesidade. Sabe-se que ocorre por meio da interação de fatores genéticos, dietéticos, ambientais, endócrinos, socioeconômicos, psicológicos e comportamentais. Apesar dos avanços nas pesquisas, ainda não é possível mensurar a contribuição de cada fator no seu desenvolvimento. Estima-se que os fatores dietéticos, ambientais e comportamentais sejam responsáveis por 60% da etiologia do sobrepeso e/ou obesidade no mundo. A hereditariedade contribui de forma expressiva para o desenvolvimento da doença. A chance de uma criança tornar-se um adulto obeso quando nenhum dos genitores é obeso é de 9%, porém quando um dos pais é obeso esse risco sobe para 50% e quando ambos são, 80%.

Não. O Índice de Massa Corporal (IMC) é um método muito útil, rápido e de baixo custo utilizado para diagnóstico nutricional em populações. Porém, só leva em consideração o peso e a altura do indivíduo. Sendo assim, um atleta que pesa 110 Kg e tem 1,75 m de altura pode ser classificado como obeso grau II, mesmo apresentando um baixo percentual de gordura. Isso ocorre porque o IMC não avalia a distribuição do peso total em seus segmentos (peso de gordura, peso de massa livre de gordura, água). A análise da composição corporal sempre será mais importante para uma avaliação do diagnóstico nutricional a nível individual.

A obesidade contribui com o aumento de chance do indivíduo desenvolver câncer. O aumento de peso faz com que haja multiplicação das células gordurosas e quando essas células se multiplicam, existem maiores chances de originar uma célula maligna. Além disso, as células de gordura produzem substâncias inflamatórias, as quais também contribuem para o desenvolvimento de câncer.

Não. Mesmo com os parâmetros bioquímicos dentro dos valores normais, o excesso de peso por si só aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2 e câncer, entre outros. A melhor escolha é sempre a perda de peso de forma saudável e sustentável.

O aumento de mama em homens, devido a proliferação do tecido glandular e não a excesso de gordura, é definido como Ginecomastia. Isso ocorre devido a um desequilíbrio entre a ação inibitória da testosterona (hormônio masculino) e a ação estimulatória do estrogênio (hormônio feminino) sobre a mama. Existem diversas causas para o aparecimento da ginecomastia. Ele deve procurar um endocrinologista para investigação e tratamento.

O diagnóstico da deficiência de vitamina D é simples, sendo realizado através de sua dosagem no sangue. O tratamento da deficiência por sua vez, também é bastante simples, e consiste na reposição da vitamina em doses prescritas pelo endocrinologista.

O hipotireoidismo é o estado de baixa produção dos hormônios tireoidianos com consequente lentificação generalizada dos processos metabólicos. O ganho de peso pode sim fazer parte dos sintomas de um hipotireoidismo descompensado. Entretanto, a obesidade e o hipotireoidismo são doenças muito comuns em nosso meio, mas de fato, a grande maioria das pessoas obesas não está acima do peso devido ao hipotireoidismo, mas sim, devido a um estilo de vida inapropriado e ao sedentarismo.

Em geral, evitar o jejum prolongado com refeições mais frequentes pode diminuir os riscos de hipoglicemia, mas nem sempre esse é o tratamento indicado. Tudo dependerá da causa da hipoglicemia. Em algumas situações, como na deficiência de hormônio do crescimento ou do hormônio cortisol, é necessário realizar tratamento hormonal. Em outras situações, pode ser necessário excluir alguns alimentos da alimentação, como em algumas doenças do metabolismo. Procure um endocrinologista pediátrico para definir a causa da hipoglicemia e o melhor tratamento.

O aumento de uma ou das duas mamas sem qualquer outro sinal de maturação sexual, em meninas, é chamada de telarca precoce. Tem caráter benigno, não necessita tratamento, costuma apresentar regressão nos primeiros 2 anos de vida, e durante este período pode ser acompanhada pelo pediatra. Se o pediatra detectar outros sinais de puberdade, como aumento importante das mamas, presença de pêlos pubianos, alterações do crescimento ou, caso não haja regressão até os 2 anos, a criança precisa ser encaminhada ao endocrinologista pediátrico para avaliação.

O diagnóstico de baixa estatura se dá quando a altura da criança encontra-se abaixo do esperado para a idade, constatado por meio de gráficos de crescimento adequados. No entanto, este diagnóstico não depende somente da avaliação da altura isoladamente. É importante considerar outros fatores, tais como a estatura dos pais, a maturação óssea, o estágio da puberdade e a presença de outras doenças que podem prejudicar o crescimento. Para uma avaliação adequada, consulte um endocrinologista pediátrico.

Não necessariamente. O aparecimento de vários e pequenos cistos nos ovários não caracteriza sozinho a SOP. É necessário ter alteração na dosagem dos hormônios no sangue e/ou alterações no padrão menstrual (ciclos irregulares ou ausentes) e queixas de excesso de pêlos ou acne. A presença de cistos à ecografia pode ser decorrente do processo normal de ovulação da mulher e não significar nenhuma doença. Cistos grandes (acima de 8 a 10cm) ou associados a sangramento e dor devem ser avaliados pelo ginecologista.

Não, o uso de testosterona deve ser restrito a homens com deficiência comprovada do hormônio e sob supervisão médica, de preferência o endocrinologista. O uso das preparações de testosterona, para fins estéticos e/ou esportivos, pode trazer vários problemas a saúde como dislipidemias, aumento de pressão arterial, alterações no fígado e aumento da viscosidade do sangue e de doenças cardiovasculares.

Sim. Apesar de mais comuns em obesos, sedentários e em pessoas com alto consumo calórico, pessoas magras, que seguem dieta com baixa gordura e fazem atividade física regular também podem desenvolver dislipidemias. Estas podem ter origem genética (quando mais familiares também apresentam colesterol alto ou histórico de doenças cardiovasculares) ou secundárias a outras doenças hormonais como o hipotireoidismo.

Não há como prevenir as causas endógenas da doença (os tumores). No entanto, a utilização abusiva e sem acompanhamento médico das medicações a base de corticóides pode e deve ser evitada, pois estas podem causar sinais e sintomas iguais aos da Doença de Cushing.

Com o maior acesso a exames de imagem nos dias de hoje, tem sido cada vez mais comum o encontro de “incidentalomas”, caracterizados como achados de alterações em exames realizados para investigar outro problema de saúde. Deve-se procurar um endocrinologista, pois será necessário realizar dosagens hormonais para definição do diagnóstico e conduta.

Atualmente as insulinas mais modernas são aplicadas em dispositivos semelhantes a canetas que utilizam agulhas finíssimas que não ocasionam sangramento e amenizam muito a sensação da picada. Estas insulinas também são fáceis de utilizar e transportar, pois são estáveis à temperatura ambiente.

A insulina é o método mais preciso para controlar os níveis glicêmicos, mas nem todo diabético necessita utilizá-la. Se um paciente está em uso de insulina e não controla seus níveis glicêmicos, é importante procurar auxílio médico especializado, pois provavelmente a dose não está adequada ou será necessário ajustar a insulina de acordo com a alimentação, rotina e hábitos do paciente.

A insulina é uma substância produzida normalmente pelo nosso corpo e na sua ausência, a insulina injetável a substitui. Não há como se viciar em insulina, o que ocorre é que muitas pessoas diabéticas passam a ser dependentes do seu uso para controle dos níveis glicêmicos, pois já não produzem insulina em quantidades suficientes para o seu organismo.

O tratamento do diabetes tipo 1 se baseia na aplicação da insulina de maneira similar ao que o pâncreas produz. Não se trata de aplicar muita insulina, mas sim de acertar os tipos de insulina adequados para cada paciente e principalmente fracionar a aplicação da insulina de acordo com o estilo de vida e as refeições realizadas. Em média, um diabético tipo 1 necessita de 4 aplicações de insulina ao dia e de ajustes diários nas doses a serem aplicadas, que se baseiam nas glicemias medidas. Procure um endocrinologista.

O diabetes pode ser assintomático, principalmente nas fases iniciais, e quando detectado precocemente, pode-se evitar complicações futuras. Enquanto se espera por sintomas, principalmente no caso do tipo 2, podem se perder anos de tratamento. Com o diagnóstico da doença em uma fase inicial, o paciente consegue prevenir complicações do diabetes, especialmente nos olhos, no coração e nos rins, que são os locais mais afetados pela doença. A dosagem periódica da glicemia e a avaliação médica frequente auxiliam no diagnóstico precoce do diabetes.