Em 1980 um pesquisador chamado Reaven observou que alguns indivíduos obesos apresentavam uma associação de doenças como pressão alta, colesterol e glicemia elevados e postulou que houvesse um elo de ligação entre estas patologias, o que mais tarde foi identificado como a resistência à ação da insulina.
A síndrome metabólica é causada pelo acúmulo de gordura em região abdominal e esta distribuição da gordura altera o funcionamento normal da insulina determinando o que é chamado de resistência à ação da insulina. Esta alteração vai causar elevação nos níveis de açúcar no sangue, que com o passar tempo, pode evoluir para o diabetes mellitus. Acontecem ainda alterações nos níveis de colesterol e triglicerídeos já que a insulina também regula o metabolismo das gorduras, e além disso, os mecanismos de regulação da pressão arterial também sofrem alterações, predispondo o indivíduo a ter pressão alta e doenças cardíacas.
Portadores da síndrome metabólica apresentam risco de mortalidade duas a três vezes maior em relação à população sem a síndrome, especialmente conferindo maior chance de uma pessoa apresentar doenças cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral (derrame).
O tratamento consiste em medidas para a perda de peso, como mudanças alimentares, exercícios físicos e medicamentos para controle da glicemia, da pressão arterial e do colesterol. É importante enfatizar que a síndrome metabólica pode ser totalmente revertida com a redução do peso corporal.