É a doença endocrinológica mais comum entre as mulheres em idade fértil. Decorre do excesso de androgênios (hormônios masculinos) no sangue e se caracteriza por alterações menstruais (falta de menstruação ou menstruação irregular), infertilidade, hirsutismo (excesso de pêlos em locais de distribuição masculina como face, tórax e abdome), acne e alopécia androgênica (queda de cabelo semelhante ao padrão masculino).
Existe uma forte associação com obesidade, resistência insulínica e síndrome metabólica (hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes, obesidade).
Para o diagnóstico é preciso apresentar ao menos 2 de 3 critérios: oligomenorréia ou anovulação (irregularidade menstrual e infertilidade), hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial (excesso de androgênios dosados no sangue e/ou sintomas de hirsutismo e acne) e ovários policísticos na ecografia pélvica.
Entre os exames solicitados para avaliação estão dosagem dos androgênios no sangue (testosterona e outros), ecografia pélvica e demais exames laboratoriais para excluir outras doenças que podem causar os mesmos sintomas de SOP, entre elas hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo, hiperprolactinemia e síndrome de Cushing.
O tratamento engloba dieta, atividade física e perda de peso (nas pacientes com sobrepeso ou obesidade), uso de anticoncepcionais orais e, quando necessário, metformina e espironolactona. Pode ser necessário o uso de estimuladores de ovulação (clomifeno) nas pacientes com queixa de infertilidade.