A Organização Mundial de Saúde conceitua a obesidade como uma doença crônica, com alterações endócrinas e metabólicas, de etiologia multifatorial, caracterizada pelo excessivo acúmulo de gordura corporal quando comparada à massa corpórea magra.
A obesidade representa um grave risco à saúde, uma vez que predispõe ao aparecimento de inúmeras doenças crônicas, como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemias, doenças do fígado, além de problemas sociais e psicológicos, incluindo isolamento, depressão, discriminação, ansiedade, dificuldade de conseguir emprego, entre outros.
O parâmetro antropométrico utilizado para diagnóstico da obesidade é o índice de massa corporal (IMC), que resulta da divisão do peso (em kg) pela altura (em metros ao quadrado). A partir do resultado da equação, obtém-se a seguinte classificação:
IMC (Kg/m2) |
Classificação |
menor que 18,5 |
Baixo peso |
entre 18,5 e 24,99 |
Eutrofia/Normal |
entre 25,0 e 29,99 |
Pré-obesidade/Sobrepeso |
entre 30,0 e 34,99 |
Obesidade grau I |
entre 35,0 e 39,99 |
Obesidade grau II |
maior que 40,0 |
Obesidade grau III ou mórbida |
Existem ainda outras duas categorias: super-obesos (obesidade grau IV), com IMC entre 50 e 59,9 Kg/m2 e os super super-obesos (obesidade grau V), IMC acima de 60 Kg/m2.
O tratamento inicial da obesidade busca mudanças no estilo de vida e comportamentais, o que inclui reeducação alimentar e prática de atividade física regular, a fim de proporcionar balanço energético negativo e reduzir os riscos associados ao excesso de peso. Uma redução de 5 a 10% do peso inicial em seis meses de tratamento é suficiente para causar efeitos metabólicos benéficos sobre a saúde.