41 3095 2510 41 99502 6600 R. Padre Anchieta, 2050 - Cj 2510/2511/2512 - Ed. Helbor Offices Champagnat - Bigorrilho - Cep 80730-000 - Curitiba, Paraná.

Doenças da Tireóide

A tireóide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão. É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo.

Ela regula a função de órgãos importantes como o coração, cérebro, pulmões, estômago, fígado, intestino e rins. Interfere também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, no metabolismo, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo.

Problemas na tireóide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Hipotireoidismo

É o estado de baixa produção dos hormônios tireoidianos com consequente lentificação generalizada dos processos metabólicos. Tem como possíveis etiologias inúmeras causas, as quais devem ser devidamente investigadas pelo seu endocrinologista.

Os principais sintomas são cansaço, sonolência, intolerância ao frio, pele seca e descamativa, ganho de peso, queda capilar, cabelos secos e quebradiços, fragilidade das unhas, voz arrastada, edema, diminuição dos batimentos cardíacos, diminuição da capacidade de memória, dores de cabeça, dores musculares e articulares, formigamentos, constipação intestinal, aumento dos níveis de colesterol, anemia e até depressão.

O diagnóstico é feito através da avaliação clínica, exames laboratoriais e em alguns casos requer exames de imagem. O tratamento consiste habitualmente na reposição do hormônio tireoidiano.

Hipertireoidismo

Caracteriza-se pela produção excessiva de hormônios tireoidianos com consequente efeito estimulatório sobre o metabolismo, órgãos e tecidos.

Pode ocorrer por inúmeras causas, mas a Doença de Graves representa a etiologia mais comum. Ela tem origem auto-imune, ou seja, o sistema imunológico começa a produzir anticorpos que atacam a própria glândula tireóide,  e é em torno de 5 a 10 vezes mais comum em mulheres do que em homens.

As principais manifestações clínicas do hipertireoidismo são nervosismo, insônia,  agitação, emagrecimento, taquicardia, palpitações, intolerância ao calor, suor excessivo, pele quente e úmida, tremores, fraqueza, cansaço, queda de cabelo, perda de cálcio nos ossos e intestino mais solto.

Na Doença de Graves, um dos sintomas mais frequentes ocorre nos olhos, que ficam parecendo maiores e mais saltados.

O diagnóstico é feito através da avaliação médica, de exames laboratoriais e de imagem e o tratamento pode ser feito com medicação, cirurgia ou iodo radioativo.

Nódulos da tireóide

Nódulos tireoidianos são um achado bastante comum e podem ser encontrados durante a palpação da glândula em um exame médico de rotina. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireóide em algum momento da vida. Apesar de a grande maioria desses nódulos representarem lesões benignas, é necessário excluir o câncer de tireóide, que ocorre em 5 a 10% dos casos em adultos e em 26% em crianças.

As causas mais comuns de nódulos tireoidianos são cistos colóides e tireoidites (80%), seguidos das neoplasias foliculares benignas (10-15%) e carcinomas (5%).

Os nódulos de tireóide podem ser únicos ou múltiplos, benignos ou malignos, produtores de hormônio ou não. A grande maioria dos nódulos tireoidianos são benignos e não produzem hormônios.

Embora os sintomas não sejam comuns, um nódulo grande pode, às vezes, causar dor, rouquidão, dificuldade para engolir ou respirar.

A investigação do nódulo tireoidiano inclui uma história clínica completa, um exame cuidadoso, além dos testes de função tireoidiana (exames laboratoriais), exames de imagem, principalmente a ultra-sonografia e, em alguns casos a cintilografia da tireóide e, se necessário, uma biópsia do nódulo, além da análise de mutações de oncogenes.

O tratamento do nódulo tireoidiano dependerá do tipo e das características do nódulo, podendo o mesmo ser seguido clinicamente, tratado com injeção de etanol ou com fotocoagulação a laser, ou podem necessitar remoção cirúrgica, seguida ou não da terapia com iodo radioativo.