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Cirurgia Bariátrica

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) define as cirurgias da obesidade como “um conjunto de técnicas cirúrgicas, com respaldo científico, com ou sem uso de órteses, destinadas à promoção de redução ponderal e ao tratamento de doenças que estão associadas e/ou que são agravadas pela obesidade”.

Segundo dados da SBCBM, o número de cirurgias cresce em grandes proporções a cada ano. Em 2003 realizaram-se 16.000 cirurgias e em 2011 esse número chegou a 65.000, sendo 35% via videolaparascopia (através de microcâmeras).

figura_cirurgiabariatrica

As técnicas cirúrgicas reconhecidas e recomendadas no Brasil são divididas em dois tipos de mecanismos de funcionamento: restritivas e mistas, podendo ser realizadas por laparotomia (cirurgia aberta) ou videolaparoscopia. (FIGURA 1).

As cirurgias puramente disabsortivas (Bypass jejuno-ileal) foram proscritas devido às graves complicações nutricionais e metabólicas tardias.

As técnicas restritivas induzem ao emagrecimento por meio da redução do volume do estômago e consequente saciedade precoce. São enquadradas nessa categoria: Banda gástrica ajustável e gastrectomia vertical ou sleeve (FIGURAS 1a e 1b).

As técnica mistas tem como objetivo a associação do componente restritivo com disabsortivo (desvio do trânsito intestinal) e subdividem-se em:

  • Duodeno-Switch (FIGURA 1d) – predomínio do componente disabsortivo.
  • Bypass gástrico em Y de Roux (anteriormente chamada de cirurgia de Fobi-Capella ou de Wittgrove e Clark) – predomínio do componente restritivo – é considerada como padrão ouro para que o paciente consiga uma perda de peso significativa, bem como sua manutenção a longo prazo (FIGURA 1c).

FIGURA 1 – (a) Banda Gástrica Ajustável, (b) Gastrectomia Vertical (Sleeve), (c) BGYR, (d) Duodeno-Switch

São indicados para o tratamento cirúrgico da obesidade pacientes com IMC > 40 kg/m2, ou com IMC > 35 kg/m2 associado a comorbidades (como diabetes, hipertensão arterial e apnéia do sono), presentes por um período mínimo de dois anos e com tratamentos convencionais prévios mal sucedidos ou com recuperação de peso. Além disso, também é obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um(a) endocrinologista.

Deve-se considerar para todas as faixas etárias o grau de risco cirúrgico, presença de condição fisiopatológica ou psiquiátrica grave, expectativa de vida, benefícios do emagrecimento, escolha do procedimento e o uso crônico de álcool e drogas.